Visão de Valores
Meu amigo(a) foi traído: conto ou não conto?
Descobrir uma traição é sempre um fardo. Lidar com a situação não é fácil para os envolvidos, nem para as testemunhas.
Mesmo quem não tem vocação para fofoqueiro e detesta se intrometer na vida dos outros pode acabar na saia-justa: acidentalmente, você descobre que sua melhor amiga está sendo traída. O que fazer? Contar para protegê-la? Arriscar-se a levar a fama de fofoqueira ou até de perder a amizade? Simplesmente não se meter na vida alheia? “Contar ou não é sempre uma decisão difícil, que acarreta consequências”.
Mas ficar em silêncio tem suas implicações também. “ É uma questão ética, que põe em jogo valores pessoais. Quem está nesse dilema precisa avaliar que tipo de valores tem o casal. Será que eu posso me meter na vida do outro ou não?”. Há quatro fatores a serem levados em conta: a proximidade e intimidade com o traído, a personalidade dessa pessoa – se ela é estável e suporta ouvir uma notícia como essa -, se a relação com o suposto traidor é monogâmica ou aberta, e se não é o caso de uma relação sadomasoquista, de co-dependência, em que é inútil interferir. “Neste caso, a pessoa sabe que é traída, mas continua o relacionamento. Contar, assim, é perda de tempo, e você corre o risco de perder a amizade”
Contar ao amigo que ele está sendo traído é se ‘intrometer’ e até mesmo se comprometer com a suposta traição”
Além disso, cabe ao amigo “delator” o ônus da prova. “Contar a traição ao outro pressupõe prová-la. Ao mesmo tempo, ninguém quer ser responsabilizado pelo término de um relacionamento conjugal”
Quem conta pode acabar também na posição de traída.
Palavras ao Vento " CASI Profetizando O AMOR"